sexta-feira, 8 de abril de 2011

Diálogos, monólogos, deitar cá para fora...

Desde que vivo sozinha ganhei o hábito de falar "sozinha". Literalmente. Ou melhor, comigo própria. Falo de mim para mim, muitas vezes em palavras mudas, que servem como reflexão. Do tipo "ai. A., mas tu não aprendes miúda? Não achas que isto ou aquilo...?". De quando em vez, sobe por mim acima uma revolta e as palavras, outrora ditas em silêncio, ganham voz e nervo. Nesta fase o uso de caralhadas é recorrente. (vide exemplos noutros posts cheios de conteúdo)
Eu não acho isto estranho. Acho até que a maioria das pessoas "fala sozinha". 
Há um tempo atrás, a propósito de qualquer coisa, comentei isto com ele. Ao que ele se riu, abanou a cabeça e revirou os olhos ao melhor estilo "miúda, és completamente chanfrada, mas é por isso que...". O que ele não sabe é que de vez em quando também tenho "diálogos/monólogos" com ele. Que podem passar pela meiguice extrema de um "aiii, gosto tanto do teu cheiro" enquanto estou de nariz enfiado em qualquer peça de roupa que passou por ele. Ou por um " BC BC, tu não me irrites que um dia destes nem sei o que te faça. ou melhor, saber sei e tu também sabes" quando olho para o telemóvel e o dito se encontra num estado de estagnação de meter dó. Obviamente que esta última frase já é dita em voz alta e com um "foda-se" bem aviado. E depois, logo de seguida, respiro fundo, sorrio e penso "a tua sorte B., sabes bem qual é". [sim, hoje já passei pelos 3 estados e ainda são 4 da tarde.]

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