Mães.
Fazem muitas perguntas. Sempre. Querem respostas a coisas que nós, os
filhos, muitas vezes nem sabemos responder. Mas querem respostas na
mesma. Querem saber tudo, o porquê, o quando, o como. Acham sempre que
as outras mães sabem sempre tudo e que nós, os seus próprios filhos, não
contamos metade do que os outros filhos contam às suas mães.
Mães. O "olhos que não veem coração que não sente"
não é para elas. E muito menos o "longe da vista longe do coração".
Quando não perguntam, ficam à espera que lhes seja dito. Interpretando
sinais e silêncios. Quase sempre acertam num "estás tão calada, alguma
coisa se passa". Têm faro, um faro só delas que se junta ao já tão
apurado faro de mulher.
Mães. Sabem que não têm de ser as melhores
amigas dos filhos, nem podem. Sabem que muita coisa lhes passa ao lado.
Sabem que não podem ser mães galinhas e que os ovos racham e ganham
asas. E têm de os deixar ir, de os deixar crescer.
Mães. Todas iguais. Sofrem com as dores de outras mães como mais ninguém consegue sofrer.
Mães. Querem sempre que os filhos estejam bem porque só assim conseguem
ter um coração em paz. E é por isso que perguntam tanto.
Mães. As
do Meco, a do Rui Pedro, a minha, a vossa merecem respostas a todas as
perguntas que façam, por muito tontas e inconvenientes que às vezes nos
pareçam. Porque têm esse direito. O direito a um coração descansado,
calmo e sem dúvidas. E porque se não fossem elas e o seu amor
incondicional nunca estaríamos aqui nem seríamos as pessoas que somos
hoje.
terça-feira, 28 de janeiro de 2014
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