quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Quem quiser que me julgue...(tu não) #3

O Hi5 entretanto estava a morrer. Já ninguém lhe ligava. E nós inclusivé. Todo o tempo que tinhamos livre era para nós, cara a cara. Até que surgiu uma separação forçada (?) pela vida e por tontices e medos de parte a parte. Um viva ao messenger e ao telemóvel, que passaram a ser os meios de comunicação quando havia motivos para comunicação. E agora lembro-me que nunca publiquei nada no teu hi5, nunca fiz um comentário a uma foto sequer. Sempre achei que, lá por ter sido o método que gerou conhecimento, não tinha que me expôr na tua página com palavras meigas, brutas ou normais. Nunca o fiz enquanto estivemos juntos, muito menos fazia sentido faze-lo depois de separados. Nos entretantos, voltamos ao convivio dos fins de semana, mas nem assim, uma palavra minha o teu perfil recebeu. Nunca fui de me gabar nas redes sociais, só para meter inveja ao mundo, sabes? Criei o blogue e gabava-me aqui. Até que em Janeiro, quando nada o fazia prever (o tal malfadado Janeiro), lançaste-me a bomba nas mãos, na alma e no coração. E o teu hi5 foi então invadido por merdices de outra pessoa. Nunca me meti, nunca as comentei, nunca te falei disso sequer. Ignorei (te) simplesmente. E respeitei-te, como sempre. Bendito blogue que me ajudou a ultrapassar tantas coisas. E veio o facebook, que me fez por cobro a um hi5 já morto. E veio Abril que te trouxe outra vez até mim. E em Dezembro de 2009, tornamo-nos amigos de FB. Tu convidaste, eu aceitei. Simpatica, mas sempre com a postura de "nunca intrometida". Mais uma vez, nem um comentário no mural ou a uma foto, nem um like sequer. Havia que me manter fiel aos meus principios e às minhas regras de não comunicar qualquer sentimento, vontade ou o que fosse por ali. Tu não te metias no meu apesar de o veres, eu não me metia no teu mesmo vendo o que às vezes via. O que é certo é que também nunca ligaste muito ao facebook, passava-te um pouco ao lado. O problema do FB é que, mesmo não se ligando, não se consegue controlar o que os outros lá escrevem. "O" problema. E de repente, bloqueaste-me. Assim do nada. Reclamei, pois claro. Riste-te e disseste que era uma experiência. Resolvi borrifar-me para isso, que o facebook só traz problemas. Até que um dia, me desbloqueias mas não te voltas a tornar meu amigo porque "depois há coisas que não podes ver e tal, ahahahaha, adoro quando ficas assim lixada, vê isto como um jogo". Também não te convidei.  Mas tu sabias que isso me ía moer. Olha que merda, se éramos amigos de tanta forma e de tantas cores, porque não poderíamos ser amigos de Fb?  Na minha cabeça, estava feito o filme "se não me queres como tua amiga é porque de facto há coisas que nao queres que eu veja, queres jogar? bora lá ver quem ganha então". Novo Alter ego a funcionar, convite feito, convite aceite. Ganhei. Foi o jogo pelo jogo. A culpa foi tua, não minha... eu só aceitei o desafio.

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