segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Dos pedidos de casamento...

Uma vez pediram-me em casamento na passagem de ano, após a meia noite, numa rua apinhada de gente, a chover pedra, com uma garrafa de champagne ranhoso na mão, algum alcool a correr nas veias e uma relação que já tinha tido os seus dias mais gloriosos. Na Nazaré. Lembro-me tão bem dessa cena como de ter encolhido os ombros e ter respondido "'tás bem?, se calhar é melhor fazeres uma pausa, é que ainda é cedo".  Houve pessoas que esperavam que eu dissesse o sim, houve outras que sabiam que a minha resposta não podia ser outra além da que dei, houve pessoas que disseram "também, foste pedi-la em casamento aqui...estavas à espera do quê?", houve pessoas que disseram que eu não tinha coração e houve pessoas que disseram "bora mas é ali beber uma". Os mais certos no meio daquilo tudo, diga-se. Passado uma hora ninguém se lembrava disto, a não ser a título de piada. Ele lembrou-se no dia a seguir. E eu em todos os dias que se passaram depois disso nunca me arrependi da resposta que dei. E não, não foi o sítio nem a forma que me levaram a dizer/insinuar o não.

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