quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Quem quiser que me julgue... (tu não) #2

Através do tal "alter ego" do nome sem rosto do post anterior, tornei-me "amiga" de várias pessoas escolhidas sem grande critério e apenas por uma questão de credibilidade de perfil perante a tal terceira pessoa. Nunca tive qualquer tipo de contacto com essas 10 ou 20 pessoas. Eram só para fazer número, lá está. Mas no meio delas, havia uma que se destacava e que me fez ter vontade de a ter na minha lista verdadeira. E eu, que não sou nada de meter conversa, nem fazer convites de amizade a quem de nada sei, levada num instinto qualquer resolvi que talvez fosse boa ideia, pelo menos mal não traría ao Mundo, se metesse conversa. E assim foi. Eu meti conversa. Não o meu alter-ego, eu. O alter ego já tinha sido morto e enterrado alguns dias antes. Fui eu que me dei a conhecer, foi comigo que as conversas se prolongaram até às tantas, fui eu que me ri à gargalhada durante noites a fio, fui eu que delirei com aquilo. Eu, sem qualquer máscara, sem qualquer barreira, sem estar por trás de um rosto sem nome, nem a fazer-me passar por alguém. Fui eu que estive ali contigo. Só eu. O mesmo "eu" que se deu a conhecer a ti já sem um écran a separar-nos. E sem sequer pensar que aquele que estava ali a falar comigo podia não passar de uma simples fotografia de perfil. Eu acreditei em ti às primeiras linhas. Eu confiei desde o começo de tudo. E quis ganhar a tua confiança também. Alguns dias mais tarde, quando me perguntáste "mas como é que chegaste ao meu perfil se nem amigos em comum temos?" a minha resposta foi a mais sincera possível: fui dona de um alter ego. E expliquei-te as razões. Chamaste-me diabólica, com um sorriso nos lábios. Já lá vão quase 3 anos.

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